Embora concorde ser de extrema necessidade o suporte às famílias em situação de vulnerabilidade, o Sindsep critica a falta de diálogo, de planejamento com representantes dos trabalhadores, com quem está na ponta atendendo e até mesmo dentro do governo. “Nós reivindicamos desde o início da pandemia e decretação da Situação de Emergência na cidade, e seguimos reforçando que haja a suspensão dos plantões presenciais, para evitar o risco de adoecimento a que estão expostos estes trabalhadores e suas famílias", frisou Maciel Nascimento, Secretário dos Trabalhadores da Educação do Sindsep.
As cestas básicas são destinadas a famílias de alunos em extrema pobreza e que estejam no Cadastro Único (CadÚnico). "A fome não se restringe às famílias que integram o CadÚnico, portanto essa é uma ação excludente. Milhares de crianças que estão nesse momento passando fome, mas não integram o Cadastro Único, não terão o direito pelo critério do governo. Assim como ocorreu com o Cartão Alimentação, com os míseros 55 reais", resgata.
Na avaliação do Sindsep esse é mais um exemplo de desorganização e irresponsabilidade do governo, incapaz de fazer chegar a todas as famílias que necessitam e tem conhecimento de que a notícia já se espalhou na comunidade. “Isso certamente vai gerar problemas aos funcionários e às escolas que não estão preparadas para lidar com essa demanda, nem mesmo para armazenar as cestas”, analisa Nascimento.
O dirigente reforça que é urgente que a Secretaria Municipal de Educação atenda aos vários ofícios encaminhados que não tiveram respostas até o momento, e a mais este pedindo informações sobre a entrega das cestas básicas.
Diante da intransigência de SME, o Sindsep solicitou a interferência da Câmara Municipal de São Paulo para implementar um Comitê Técnico da Educação, reunindo fóruns, movimentos sociais e entidades sindicais, e o próprio governo e espera que, a partir dele, o secretário Bruno Caetano responda aos inúmeros pedidos que tem ignorado.