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Educação

02/06/2020 - 15:34

Prefeitura enfia beliches em CEU Aricanduva sem orientação aos trabalhadores

Ocupação do espaço da escola é feita sem diálogo com trabalhadores do equipamento educacional e Sindsep solicita esclarecimentos de governo Covas

Trabalhadores do Centro Unificado de Educação (CEU) Aricanduva, zona Leste, informaram que estão sendo instalados beliches no equipamento de educação, sem orientação prévia da Secretaria Municipal de Educação aos funcionários que seguem sendo mantidos em plantões presenciais no equipamento.
 
 
Montagem de beliches no interior do CEU Aricanduva surpreende trabalhadores, que não foram avisados pela gestão municipal.
 
"Não sabemos se serão para abrigar pessoas em situação de rua ou pacientes em isolamento com Covid-19. Não recebemos orientações, não temos formação específica e nem equipamentos de proteção individual adequados", diz um funcionário, que pede para não ser identificado.
 
Profissionais do CEU não sabem se será para acolhida de pessoas em situação de rua ou isolamento de pacientes de Covid-19
 
Em março, a Prefeitura havia dito que pensava em utilizar escolas e CEUs para a retaguarda de serviços de saúde, no entanto não houve mais diálogo nesse sentido com trabalhadores e nem representantes dos trabalhadores. Aliás, a gestão toma medidas atabalhoadas e sem consultar os principais sujeitos do serviço: os trabalhadorea.
 
O CEU Aricanduva tem uma média de 8 trabalhadores diariamente em plantões presenciais. São Assistentes Técnicos Educacionais (ATE), gestores, analistas de esportes, analistas bibliotecários, pessoal que realiza a higienização do espaço, da segurança e manutenção.
 
 
 

Sindsep
 
O Sindsep, em contato com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), foi informado que as beliches instaladas no CEU Aricanduva é para o atendimento de pessoas em situação de rua. “Os CEUs serão emprestados até a finalização do combate à pandemia, mais informações pautar na mesa técnica de Smads”, orientação dada pela secretaria.
 
Em razão de não haver mesa técnica da Smads, o Sindsep questionou ainda a Secretaria Municipal de Saúde sobre orientações e protocolos para os profissionais dos CEUs atenderem a população em situação de rua. A pasta respondeu: “CEU (Centro Educacional Unificado) é equipamento da Secretaria de Educação e não da Saúde, e este trabalho de acolhimento no caso isolamento domiciliar é um trabalho de incentivo, elaborado pela Secretaria da Educação e SMDS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) e não da Saúde”.
 
Para o Sindsep, se essa for a intenção do governo Covas é bastante grave e irá continuar denunciando e pressionando por providências. O sindicato entende que se cabe à SMS o monitoramento dos casos de adoecimento em domicílio, é de competência da pasta, da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), os protocolos e orientação para profissionais da Educação e da Assistência.
 
A direção também cobra da Secretaria Municipal de Educação a urgência de Mesa Técnica e esclarecimentos sobre o que será feito no CEU Aricanduva. É preciso saber como serão tratados os profissionais que lá trabalham. Medidas tomadas sem diálogo prévio, que afetam a rotina dos trabalhadores da Educação, abandonados desde o início da pandemia fazendo plantões presenciais em equipamentos fechados, circulando pela cidade e se expondo ao risco de doenças.
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