O Sindsep realizou, no último sábado, dia 24 de outubro, Plenária dos Trabalhadores da Educação para debater o decreto de Bruno Covas, estipulando a volta às aulas dos estudantes de ensino médio. A plenária foi decidida no encontro de representantes sindicais de unidade, ocorrido no dia 23, e discutiu os passos de enfrentamento a esta volta às aulas inconsequente, que, além de expor os estudantes, familiares e profissionais da educação a diversos riscos, parece tratar estes estudantes como cobaias.

Para Maciel Nascimento, secretário da Educação do Sindsep, está é "um absurdo o Prefeito usar da pandemia e da pressão dos proprietários de Escolas, e sem dúvida, posar de bom administrador, em período eleitoral, para exigir um retorno às aulas sem garantir a proteção a vida dos alunos, profissionais e famílias".

Retorno facultativo dos estudantes
Segundo o decreto, o retorno dos estudantes será facultativo e caberá às unidades educacionais a apresentação aos estudantes, pais/responsáveis dos protocolos de saúde que serão seguidos. Ou seja, a maior responsabilidade estará nas mãos dos trabalhadores.

Quais as condições necessárias?
No debate os trabalhadores expuseram diversas diversas dúvidas do decreto. Quais as condições necessárias? Quem providenciará os equipamentos de proteção? Caso todos os alunos decidam retornar às atividades, quem selecionará os mesmos, contando que seja possível manter o distanciamento social previsto?

Aula pública em 3.11: qual o perigo da volta às aulas sem condições sanitária?
Pensando nisso, os trabalhadores presentes decidiram pelos seguintes passos: realização de uma aula pública no dia 3 de novembro, terça-feira, para mostrar o perigo à população e demonstrar os problemas desta volta às aulas.

Vamos também organizar visitas às unidades para verificar se há adequação para receber os trabalhadores e estudantes neste momento e materiais de divulgação.

O Sindsep mantém sua posição contrária a este retorno irresponsável, sem garantias testagem em massa dos profissionais e estudantes, colocando a vida em risco.

Exigimos que só é possível haver o retorno às aulas com testes periódicos para todos, avaliação de risco das estruturais dos equipamentos educacionais, treinamento e formação para profissionais enfrentarem, ampliação do número de funcionários para garantir uso dos EPIs e distanciamento social nas unidades educacionais para garantir a segurança dos profissionais da educação, dos estudantes e seus familiares.