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Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Minicípio de São Paulo

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Educação

01/06/2021 - 17:43

Vigília da negociação termina sem acordo entre governo e entidade e nova reunião foi agendada

O Sindsep juntamente com os educadores em greve realizou na manhã desta terça-feira, 1º de junho, a vigília da negociação em frente à Câmara Municipal, que ocorreu durante a mesa de negociação entre o Fórum das Entidades, o presidente da Câmara Milton Leite e o secretário municipal de Educação, Fernando Padula.

 

As questões que tiveram avanço durante a negociação da greve foram reafirmadas  pela Secretaria Municipal de Educação, sendo elas:  elaboração de uma IN para regulamentar o trabalho remoto, ainda no período da pandemia; criação de grupos para analise do ensino fundamental por meio dos ciclos de aprendizagem e revisão do calendário escolar, com a participação de todas as entidade sindicais; agilidade e organização do processo de entrega dos notebooks para os professores; regulamentação da Lei 17.347 – política de saúde do servidor e política de saúde do aluno; reunião com os secretários de Educação e Saúde para em conjunto organizar as reivindicações a serem encaminhadas ao Comitê de contingência do Plano SP; EPIs adequados e testes que possibilitem maior celeridade na verificação dos resultados; sanitização da escola que apresentar caso de Covid, antes das pessoas retornarem à escola; analisar para possíveis revisões os protocolos de fechamento da unidade educacional considerando suas especificidades; grupo de estudo para proposto para apreciar propostas de revezamento entre profissionais vacinados e não vacinados, de forma a minimizar riscos; Manter processo de reformas e repasse via PTRF para as adaptações necessária às unidades escolares.

 

O secretário dos Trabalhadores da Educação do Sindsep, Maciel Nascimento, afirmou que a principal reivindicação da categoria da educação é que o prefeito Ricardo Nunes negocie, pois já são 112 dias de greve e a reunião de hoje seria a primeira desde que a greve teve início, com o secretário Padula. “Primeira vez que vemos o secretário sentado numa mesa de negociação e estamos aqui fazendo uma briga, fazendo uma discussão que não é para nós, mas sim para todos”.

Após fala do Maciel, educadores iniciaram a vigília de forma lúdica, com música, intercalada com falas. Lira do Comando de Greve do Butantã fez uma fala, sobre a importância da vida e da união dos trabalhadores na greve. “A vida importa mais que o lucro, importa mais que a economia, a vida importa mais do que tudo, porque sem vida a gente não tem nada”.

 

Os demais educadores em suas falas ressaltaram a importância da greve, que os governantes não estão preocupados com a vida da população, mas sim em aparecerem bem “na fita” e das vitórias que a greve conseguiu como a vacina para os profissionais da educação com mais de 47 anos. Também foi lembrado da importância de se estar dialogando nas escolas com os colegas de trabalho a reforma administrativa que atinge diretamente os servidores e serviços públicos. 

 

Ao fim da mesa de negociação, o presidente do Sindsep, desceu e dialogou com a categoria, afirmando que o governo apresentou o mesmo ofício já encaminhado para o Fórum das Entidades, mas com o acréscimo de que com o fim da greve será pago 50% do salário imediatamente para os grevistas que tiveram o ponto cortado e o restante conforme forem repondo os dias.

Sergio ainda falou que apresentaram uma proposta construída no Fórum das Entidades, que seria a possibilidade de rodízio dentro das escolas já que as escolas estão atendendo um número reduzido de alunos, o que o governo afirmou que farão uma discussão sobre a proposta.

Na reunião não foi firmado nenhum acordo e uma nova reunião ficou marcada para a próxima segunda-feira (7). O Fórum das Entidades irá se reunir nesta quarta-feira (2) para discutir preparar uma contraproposta e o Sindsep irá dialogar com a categoria as propostas.

 

O vice-presidente do Sindsep, João Gabriel Buonavita, propôs aos presentes que na próxima segunda-feira, todos estejam novamente em frente a Câmara, para pressionar o governo. A proposta foi aceita por todos os presentes. Ao fim das falas os educadores seguiram com a aula pública.

 

 

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