Privatização do Serviço Funerário: Crime contra o patrimônio público e a população

A política de concessão/privatização, como temos repetido, é um crime. Em Criciúma (SC), depois de 20 anos sob concessão de empresas privadas os cemitérios retornaram à gestão da prefeitura. Na conversa de João Batista Gomes, secretário de Política Intersindical, com Jucélia Vargas, presidenta da Confederação dos(as) Trabalhadores(as) no Serviço Público Municipal (Confetam), que você assiste no vídeo, confira como foi o grau de retrocesso onde os únicos que ganharam foram os empresários/concessionária.

Em São Paulo, as empresas que ganharam a licitação dos 22 cemitérios, crematório e serviço funerário da cidade tinham até 17 de setembro para assinar o contrato e pagar os valores da outorga fixa (valor que se comprometeram a pagar para assumir os cemitérios), porém isso não ocorreu. Em despacho, publicado na página 83 do DOC de 16 de setembro, o governo do prefeito Ricardo Nunes (MDB) autorizou, então, conceder mais 30 dias para as empresas pagarem. Circula a notícia que uma destas empresas está, inclusive, com CNPJ irregular.

Se isso não for entrega de nosso patrimônio, é o que?

Mesmo sem nenhum pagamento, as empresas vencedoras da concessão já estão visitando os cemitérios e tirando o sono dos(as) trabalhadores(as). O governo, por outro lado, segue calado sem comunicar o que acontecerá com sepultadores, jardineiros, construtores e todos(as) trabalhadores(as) que dedicaram décadas de suas vidas para fazer funcionar o Serviço Funerário do Município de São Paulo.

O Sindsep continua cobrando a prefeitura sobre o futuro dos(as) trabalhadores(as) e até agora não houve nenhuma resposta. A Superintendência do SFMSP diz que depende do governo e da gestão, então queremos reunião conjunta para debater o destino dos trabalhadores e outras questões.