Funcionalismo
13/05/2021 - 13:16
Serviço funerário descumpre acordo e terceirizada entra na mesa de tráfego do Polo Vila Mariana
Locadora de veículos, FVB, é a mesma contratada para realizar transporte de corpos.
A FVB Locadora de Veículos e Serviços LTDA ME, contratada desde o governo anterior pela Prefeitura de São Paulo para aluguel de carros ao Serviço Funerário Municipal, em março deste ano, a renovação de contrato com a locadora adendou o controle da mesa de tráfego, a partir de 11 de março. Após transtornos e uma sequência de atrasos nas remoções de corpos, o SFMSP voltou atrás e aceitou acordo para que os servidores mantivessem o controle da mesa e a FVB ficasse apenas no apoio. Porém, nesta quinta-feira (13) a empresa entrou na mesa de tráfego — área responsável pelo controle da saída dos carros da garagem — do Polo Vila Mariana.
A entrada da locadora no controle da mesa significa um descumprimento do que havia sido acertado pela Superintendência do Serviço Funerário Municipal com a direção do Sindsep, em 26 de março.
“O que foi combinado é que a FVB ficaria de apoio e os servidores públicos da Mesa de Tráfego da Vila Mariana continuariam responsáveis pela área. Isso indica uma ruptura de acordo, que incluía a não entrada da empresa nas duas mesas que existem, a da Vila Mariana e Vila Guilherme”, explica João Batista Gomes, secretário de Imprensa do Sindsep.
Na quarta-feira (12), a direção do Sindsep tentou contato com a Superintendência do SFMSP, mas não foi atendida.
O Sindsep pede aos trabalhadores do SFMSP que não ofereçam nenhum tipo de orientação a FVB, já que houve uma ruptura do que foi negociado pela gestão com o Sindsep. “Deixe a FVB tomar conta da mesa de Vila Mariana”, ressaltou Gomes.
O dirigente também orienta que caso haja atraso nas remoções de corpos nas regiões Sudeste e Sul, os servidores alertem o sindicato.
Como já havia sido denunciado por trabalhadores/as do Serviço Funerário ao Sindsep, a empresa não disponibiliza nem mesmo a higienização adequada para os veículos que vêm transportando corpos de pessoas que faleceram por Covid-19.
Sem a exigência de higienização adequada destes veículos e garantia de todos os equipamentos de proteção individual necessários de qualidade e em quantidade suficiente, por parte da Prefeitura de São Paulo, os trabalhadores temem mais mortes na categoria. Pelo menos 8 trabalhadores do Serviço Funerário morreram por Covid-19 de janeiro a abril.
