O Fórum das Entidades encaminhou no dia 02 de abril, ofício ao Prefeito, à SMG e à SMS, relatando os casos de trabalhadores que aderiram ao dia nacional de greve ocorrido em 18 de março, em defesa dos serviços e dos servidores públicos e contra os processos de terceirização e privatização.

Realçou o fórum: “Diante de tais denúncias, justamente num momento de pandemia em que todos os processos administrativos inclusive estão suspensos; em que não há processo de negociação; em que as entidades estão todas focadas na questão, pensando propostas e ações no sentido de contribuir para o solucionar o problema da pandemia, o que acreditamos ser também a principal preocupação e tarefa do Governo e seus gestores, seria uma atitude absurda, de extrema irresponsabilidade um gestor público buscar retaliar servidores públicos, justamente em um momento em que são mais necessários, atuando na linha de frente para salvar vidas da população.”

Para nosso total espanto, a resposta assinada pela Secretária Municipal de Gestão, Sra. Malde Villas Bôas, após preencher duas páginas com decisões judiciais que favorecem os governos autoritários no sentido de retaliar e intimidar trabalhadores quanto ao direito de greve, se posiciona em apenas um parágrafo:

“Por todo o exposto, analisando em tese a questão trazida no o ofício em epígrafe, à vista da impossibilidade da análise da situação funcional de cada servidor, vê-se que não merece prosperar o inconformismo apresentado pelos mesmos a esse r. Fórum Sindical, na medida em que, tanto a jurisprudência vigente como a regulamentação municipal de regência, apontam o poder-dever das chefi as em registrar como hipótese de falta justifi cada a ausência de servidor ao trabalho fundada na adesão a movimento grevista, fi cando a eventual possibilidade de compensação das horas não trabalhadas relegadas à discussão por ocasião de eventual acordo.” 

Essa posição tornada pública, só reforça o sentimento dos trabalhadores de estarem abandonados à própria sorte. Sentimento que tomou voz e foi amplamente denunciado pela imprensa nos últimos dias. Repudiamos a resposta e aguardamos retratação e reconsideração por parte do governo municipal.

A nota é assinada pelo Sindsep, Simesp, SEESP, SindSaúde-SP, SinPsi, Amaasp, Aprofen, Sinesp, Seesp, SindGuardas-SP, Fasp, Sasp, Anis, ASMSP, AEM, Adam.

Confira a íntegra da nota de repúdio em pdf