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25/09/2020 - 17:40

Representantes Regionais debatem os ataques da Reforma Administrativa, o desmonte dos serviços públicos e os próximos passos na luta

Reunião do Conselho do Sindsep contou com análise de conjuntura de Patrícia Pelatieri, do DIEESE, e com relatos dos conselheiros tratando de suas categorias

O Conselho de Representantes Regionais (CRR) do Sindsep aconteceu na manhã desta sexta-feira, 25.09. A reunião discutiu a Reforma Administrativa proposta por Bolsonaro, com análise de conjuntura feita pela economista do DIEESE, Patrícia Toledo Pelatieri. Na segunda parte da reunião, um grupo dos conselheiros apresentou as demandas de suas categorias, expondo os problemas e os próximos passos da luta.

Análise de Conjuntura
Após as saudações de abertura feitas por Sergio Antiqueira, presidente do Sindsep, e Luba Melo, diretora da Mulher Trabalhadora do Sindsep, Patrícia Pelatieri realizou a análise de conjuntura. A economista iniciou trazendo um histórico das reformas administrativas de governos anteriores e ressaltou a diferença desta proposta por Bolsonaro, uma vez que representa, ainda mais, um projeto de desmonte do Estado.

Com a reforma há uma mudança na base econômica e tecnológica, a ataque aos dos direitos sociais e um verdadeiro desmonte do Estado brasileiro em todos os níveis. Servindo aos interesses dos políticos de plantão para transferências de recursos cada vez maiores do orçamento para a iniciativa privada (privatizações, terceirizações, Organizações Sociais...). Segundo Patrícia, o governo justifica a necessidade dessa reforma por conta dos gastos com servidores e os supostos altos salários ou privilégios, porém não é isso que acontece na prática. Os salários altos estão concentrados apenas em 2% dos servidores, em sua maioria da esfera federal, enquanto os trabalhadores de serviços públicos municipais e estaduais, na área de serviços à população, ganham menos que na iniciativa privada, em média. A proposta de Bolsonaro privilegia o alto escalão, que já ganha muito, em detrimento dos trabalhadores de salários mais baixos.

A proposta também pretende acabar com a estabilidade, facilitando a contratação temporal e a demissão de servidores. Para a economista, estabilidade não é privilégio, é elemento essencial para que haja continuidade dos serviços. Com o fim da estabilidade, também, o governo pretende inibir futuras greves, desarticulando movimentos em defesa dos trabalhadores, e abre-se espaço para mais assédio e corrupções nos serviços públicos, uma vez que o trabalhador sofrerá pressão para manter seu emprego.

Pelatieri concluiu fazendo um chamado à todas e todos, uma vez que precisamos fazer chegar às pessoas as mentiras que estão na Reforma Administrativa, como estavam na Reforma Trabalhista e na Reforma da Previdência. Tidas como a salvação dos empregos e da crise econômica, mas que só agravaram a situação dos trabalhadores no país.

A palavra dos Conselheiros
Na segunda parte da atividade abriu-se espaço para representantes das diferentes carreiras e categorias colocarem as demandas de cada área. Pela Educação, representando os trabalhadores de Educação Infantil, Sidnei Soares; Ensino Fundamental, Márcia Mestrado; pelo Analistas, Déborah Gualiato e pelo Quadro de Apoio, Josenildo Lima. Luzia Barbosa falou pelos Agentes de Apoio e AGPPs. Na Saúde, José Erasmo, trabalhador de Endemias; Douglas Cardoso, representando os trabalhadores de hospitais; Radomir Tomitch falou pelos trabalhadores de Covisa. Maria Mota, assistente social. Já sobre o Serviço Funerário, João Batista, diretor do Sindsep, falou da situação pois o representante Cláudio teve problemas de conexão.

Debatendo as necessidades dos trabalhadores e trabalhando para a união das categorias do funcionalismo público municipal, nossa luta fica mais fortes. É na união da classe trabalhadora que vamos alcançar novas conquistas e um sindicato ainda mais forte e representativo.

Chamadas finais
Nos encaminhamentos foi trazido aos conselheiros os próximos passos de luta, com chamadas para os próximos passos da luta. Maciel Nascimento, diretor de Educação e Formação do Sindsep, falou sobre os problemas de retorno às aulas, sobretudo na educação infantil, uma vez que por sua própria natureza, necessita de contato, afetos, proximidade com os alunos, inviabilizando o distanciamento social. E precisamos do apoio de todas e todos para continuar na pressão pelo não retorno às aulas presenciais.

Lourdes Estevão, secretária dos Trabalhadores da Saúde, e Marco Dalama, assessor da pasta do Sindsep, chamaram para inscrição no 12º Seminário dos Trabalhadores da Saúde do Sindsep, que tratará das questões da pandemia, ataques ao SUS, terceirização na saúde e sobre a Reforma Administrativa. O seminário será realizado em ambiente virtual, no dia 8 de outubro, das 14 às 17 horas. Inscrições pelo link: https://www.escolasindsep.com.br/inscricao.php?ID=8

Luciane Tahan, diretora do Sindsep, também chamou aos trabalhadores para o Seminário Virtual dos trabalhadores de Endemias, tratando da situação de Saúde e Trabalho dos Agentes de combate a endemias durante a pandemia de coronavírus. O webnário será realizado na sexta-feira, dia 9 de outubro, entre as 9 e 12 horas. Inscreva-se pelo link: https://www.escolasindsep.com.br/inscricao.php?ID=7

Agenda de mobilização contra Reforma Administrativa
No próximo dia 30 de setembro, às 10 horas, o Sindsep realizará uma panfletagem na Praça do Patriarca, levando à população a verdadeira face da Reforma Administrativa proposta por Bolsonaro. No mesmo dia, às 15:30, o Macrossetor dos Serviços Públicos da CUT realizará uma plenária virtual para tratar da Reforma Administrativa e Tributária. Participem!

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