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26/05/2021 - 13:42

Trabalhadores da Saúde cobram negociação verdadeira com Secretaria da Saúde

Os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde querem ser ouvidos, por isso, se reuniram em um ato em frente à Secretaria Municipal de Saúde, na tarde desta terça-feira, 25 de maio. Vivemos há mais de um ano sob a pandemia de Covid-19 e ainda buscando garantir proteção e condições decentes para atender a população. Por isto, o Sindsep em conjunto com outras entidades da Saúde, convocaram este ato enquanto acontecia a mesa de negociação com a SMS.

Diversos pontos de pautas foram levados à reunião. Entre eles, vacinação para todas e todos, já; as condições de trabalho extenuantes e as folgas de descompressão; as remoções de servidores de unidades terceirizadas; pagamento das horas suplementares para aqueles que trabalham além de seu horário; contra a terceirização de unidas de saúde e condições de trabalho seguras para atender à população, sobretudo nos hospitais, SAMU, agentes de endemias, entre outros.

Sergio Antiqueira, presidente do Sindsep, abriu o ato destacando a luta. “O compromisso deles não é com a população, não é com os trabalhadores, então estamos aqui para fazer essa denúncia, que a mesa saia do lugar, que não há diálogo, então vamos abrir esse diálogo.  Desde o primeiro momento da pandemia estivemos na rua, com todo cuidado,” afirmou, relembrando a luta do Sindsep pela vida dos trabalhadores.

Juliana Salles, diretora do Sindicato dos Médicos, falou sobre o descaso com os trabalhadores. “O sindicato dos médicos vem exigir esta mesa, exigir esta negociação, porque em plena pandemia eles colocam os médicos para atender a cada 15 minutos, fecharam os hospitais de campanha e lotaram as unidades básicas.”

Marcelo Reina, fisioterapeuta e membro do Núcleo de Fisioterapia do Sindsep, descreveu a grave situação enfrentada por pacientes internados nas UTIs de Covid. “Não temos fisioterapeutas em números suficientes para atender aos pacientes com Covid. Os fisioterapeutas estão padecendo com excesso de serviço, falta de condições de trabalho e nós estamos alertando há mais de seis meses a secretaria de saúde, sem sermos atendidos.”

Vlamir Lima, diretor do Sindsep, disse que acompanha de perto casos de servidores que tentam a remoção. “Muitos servidores, em unidades que estão nas mãos das organizações sociais, optaram pela transferência, mas não estão conseguindo, pois a prefeitura barra. Enquanto isso, existem muitas unidades da rede direta que há muito não tem concurso, por opção deste governo, e que precisam destes trabalhadores.”

Durante a mesa de negociação, apenas a pauta das remoções caminhou concretamente, com o governo dando prazo para resolver esta questão. A Prefeitura se comprometeu até julho resolver as remoções. Segundo Lourdes Estevão, secretária dos Trabalhadores da Saúde do Sindsep, quanto às condições de trabalho, as folgas represadas e de descompressão, além do cansaço extremo enfrentado pelos trabalhadores, que tem causado muitos adoecimentos, uma comissão será formada para acompanhar e debater os casos junto ao COGESP.  Sobre os trabalhadores de hospitais, SAMU e agentes de endemias, novas reuniões serão marcadas para debater estes pontos.

Além disso, o governo também se dispôs a fazer uma nota de pagamento para a realização do curso de reciclagem para condutores de veículos de urgência e emergência do SAMU. Estão realizando as tratativas e, em breve, haverá uma maior detalhamento da questão.

Quanto às terceirizações, Lourdes chamou a todos para a organização. “Vamos continuar fazendo a luta. A questão da terceirização, que ainda é uma preocupação de todos os trabalhadores, vai exigir de cada um de nós uma grande mobilização, com organização dentro das unidades. São pautas que vamos conquistar, na medida que nos organizarmos, fomos para a rua,” afirmou Lourdes.

No encerramento do ato, João Gabriel Buonavita, vice-presidente do Sindsep, reforçou a permanência na luta, com organização.”Eles fingem que nos escutam, mas ignoram a demanda dos trabalhadores nos hospitais. Portanto, o único caminho é a construção da luta,” afirmou, João Gabriel, convocando para os próximos atos. No dia 27, quinta-feira, novo ato da Educação em Greve Pela Vida e, no dia 29, próximo sábado, grande ato contra o governo genocida de Jair Bolsonaro e sua política de morte, que já vitimou milhares por conta do descaso com a pandemia de Covid-19.



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