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Saúde

30/12/2021 - 15:19

Agentes de endemias não têm segurança para trabalho em campo

Cinco agentes e um motorista foram assaltados ao terminar vistoria em ferro-velho do Jardim Romano essa semana.

Por Cecília Figueiredo (colaborou ALexandre Linares), do Sindsep
 

 

 
Uma equipe de agentes de endemias da UVIS São Miguel foi assaltada essa semana quando realizava trabalho de prevenção de focos da dengue no Jardim Romano. Por volta das 10h30 de segunda-feira (27), cinco agentes de  endemias e o motorista da denguinha (veículo que leva os materiais para a atividade em ponto estratégico) foram abordados, na Rua Alfredo de Melo, um ferro-velho na Vila Itaim, onde haviam realizado ação de rotina (aplicação de BTI, larvicida). Um homem de bicicleta e outro a pé portando arma de fogo pediram os celulares dos trabalhadores e a aliança de um dos agentes, que não conseguiu tirar e foi agredido. 
 
 
Agentes de endemias aplicam larvicida em ponto estratégico, numa de rotina contra a dengue. | Foto: Cecília Figueiredo
 
 
Os agentes de endemias foram ao 59º DP para prestar queixa. E segundo um dos colegas da UVIS São Miguel, que pede para não ser identificado, a supervisão informou que pedirá acompanhamento médico às vítimas da violência, no entanto não houve diálogo a respeito de como serão realizadas as próximas atividades de campo na região, onde são frequentes os assaltos aos agentes de endemias.
 
Apesar da incidência de assaltos e violência na rotina do trabalho em campo dos agentes de endemias, não há providências por parte da Prefeitura de São Paulo, relata a diretora do Sindsep.
 
“Não é a primeira vez que agentes de endemias são assaltados no trabalho de campo. Em 2017, quando estávamos sem carros, iniciamos até um movimento ‘sem carro, sem rua’, porque uma equipe da Freguesia do Ó tinha sido assaltada, na realização de ações de rotina. Na minha SUVIS já ocorreram uns três assaltos, na Vila Prudente, também houve assalto da equipe. Então, isso mostra que os agentes de endemias estão em constante risco. São profissionais que realizam a prevenção e promoção de saúde em locais de maior vulnerabilidade, portanto estão bastante suscetíveis e não têm proteção alguma. A única medida que há, quando não há obstáculos, é o registro de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho”, esclarece Lucianne Tahan, dirigente do Sindsep.
 
Charles Monteiro de Jesus, coordenador da Região Leste I do Sindsep, disse que irá buscar diálogo junto à SUVIS, e agendar reuniões com o Conselho de Segurança de São Miguel, DP e GCM, para intensificar as rondas na região e garantir segurança aos agentes que trabalham nas ruas e ficam mais expostos a violência que vem aumentando expressivamente, devido ao desemprego e à fome.
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