Ato na UBS Vila Progresso na Zona Leste expõe as dificuldades do funcionalismo e o desmonte da saúde pública

Sindsep, usuários e servidores públicos além de falar do risco de terceirização da unidade, também mencionaram os desmontes que estão ocorrendo nas demais áreas do funcionalismo

O Sindsep, juntamente com trabalhadores e usuários, realizaram na manhã desta terça-feira (22), um ato em frente a UBS Vila Progresso, na Zona Leste da cidade, contra a terceirização e o desmonte dos serviços públicos. A unidade foi escolhida pois está na mira do governo de Bruno Covas para ser entregue para uma organização social da saúde – OSS.

Ejivaldo do Espírito Santo, coordenador da região pelo Sindsep, falou sobre a importância da atividade na luta contra a terceirização, pois Bruno Covas quer entregar todas as Unidades Básicas de Saúde para as organizações sociais e como isso impacta a vida dos servidores e da população.

“Nós não vamos aceitar que o prefeito Bruno Covas entregue todas as unidades básicas de saúde para organizações sociais. É um absurdo este desmonte na assistência de saúde no município de São Paulo”, enfatizou Ejivaldo.

Charles Monteiro, coordenador da Leste 1, também falou sobre os desmontes promovidos pelo prefeito Bruno Covas e o seu descaso com a saúde pública, como também da luta realizada para mobilizar a população contra a terceirização da UBS Vila Progresso. “Esta UBS atende milhões de munícipes na região e o que nós precisamos é de mais investimento na saúde pública, com pessoas concursadas, compromissadas com os munícipes”.

Usuários presentes no ato também se manifestaram em defesa da UBS, como Cícero Nelson, morador da região e usuário do equipamento, que agradeceu a luta do sindicato em defesa da saúde pública, além de falar da relevância da criação do SUS. “Entra governo, sai governo e vem um que quer privatizar, quer acabar com a saúde, quer acabar com o funcionalismo público, quer acabar com tudo. A gente não precisa disso”. Reforçou ainda a importância da comunidade e dos trabalhadores se respeitarem.

Os trabalhadores da unidade aproveitaram seu momento de fala para expor as dificuldades enfrentadas na Unidade Básica de Saúde. Como Bira que trabalha há 35 anos no serviço público, na área da saúde. Falou sobre a luta do trabalhador ser eterna e que este desmonte é só o começo e que é preciso alertar a população, para essa situação. “Eu como trabalhador eu me sinto cansado, mas a luta compensa”.

Flávio, profissional da enfermagem, esta há 11 anos na UBS Vila Progresso, falou que desde que entrou a unidade já era sucateada. Com salas em péssimas condições, sem material para atendimento e que já teve que sair da unidade e ir à farmácia no outro lado da rua para poder comprar gases e assim poder atender um usuário.

João Batista Gomes, secretário de comunicação do Sindsep falou sobre a importância dos serviços públicos e da situação da população neste momento de pandemia e de como a saúde pública é importante. Reforçou “a gente quer deixar muito claro que o serviço público é a garantia de atendimento e a garantia também da imparcialidade”.