CEUs | Retrato do descaso com os equipamentos públicos da cidade

Os Centros Educacionais Unificados (CEUs) da cidade de São Paulo vêm enfrentando uma série de situações de descaso nos últimos anos, principalmente na gestão do Prefeito Ricardo Nunes. Ausência de investimentos na manutenção, em infraestrutura e terceirização dos núcleos de esporte e cultura, são algumas dessas consequências. Prédios, piscinas, quadras, bibliotecas, teatro e demais espaços desses equipamentos, que em boa parte das comunidades onde estão instalados, são os únicos para atender em atividades educacionais, culturais e esportivas, estão abandonados.

 

O caso mais recente é do CEU Três Pontes, no Itaim Paulista, periferia da zona leste, interditado após a conclusão de laudo declarando que o terreno está contaminado pelos gases metano e etilbenzeno. A situação tem preocupado toda a comunidade escolar pelo transtorno na transferência de quase 2 mil alunos matriculados nas unidades educacionais do CEU, o remanejamento dos profissionais que trabalham nesse complexo, além das consequências que poderá acarretar à saúde de todos que foram expostos a esses gases.

 

O Sindsep, em visita ao CEU Três Pontes, no início de fevereiro, verificou as inúmeras situações que envolvem a questão da contaminação do solo na região e, especificamente, no terreno ocupado pelo CEU Três Pontes. Diante da gravidade do caso e movimentação que está imposta, o Sindsep solicitou reunião com a Diretoria Regional de Educação, para dialogar sobre as questões funcionais que afetam diretamente as trabalhadoras e trabalhadores da unidade e a realocação das crianças, jovens e adultos matriculados nas unidades do CEU.

 

O Sindsep também encaminhou ofícios, em 14 de fevereiro, para a coordenadora dos Centros Educacionais Unificados-COCEU/SME, Roseli Marcelli Santos de Carvalho, e coordenadora de Obras e Manutenção Predial (COMAPRE), Hilda Mitiko Luamoto Pacheco, solicitando acesso a todos os laudos e documentos elaborados sobre a situação do CEU, sobretudo os de análise de contaminação do terreno onde está implantado o complexo.

A direção do Sindsep entende como prioritário esse acesso à informação para a plena defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, por meio das secretarias de Saúde do Trabalhador e de Políticas para Trabalhadoras(es) da Educação.

Reafirmamos que o Sindsep está mobilizado para acompanhar esse processo e garantir que todas as providências necessárias sejam adotadas com celeridade pelo Poder Público, para assegurar que toda a comunidade escolar seja atendida e preservada diante da grave e delicada situação.

 

Edição: Cecília Figueiredo