Educação

GREVE | CEU Perus suspende atividades presenciais até 14 de março, pela explosão de casos de Covid

01/03/2021 13:36

Gestora se recusa a receber o Sindsep, mas em outra unidade foram colocados pra dentro vereadora Janaína Lima (Novo), equipes de reportagem e integrantes do Movimento Escola sem Partido.

O Sindsep esteve na manhã desta segunda (1º/03) no CEU Perus, na zona Norte, onde a situação é bastante crítica devido à explosão de casos de Covid, após o retorno de atividades presenciais, em 15 de fevereiro.
 
Breve balanço de uma gestão que não se preocupa com a vida. | Fotos: Sindsep
 
 
De acordo com a analista bibliotecária, Luba Melo, coordenadora da Região Sudeste do Sindsep, CEI, Emei, Emef, Biblioteca e analistas de Esportes foram encaminhados para o teletrabalho, restando apenas em atividades presenciais as equipes de gestão, profissionais terceirizados de limpeza e segurança do Centro Educacional Unificado Perus. 
 
A direção do Sindsep foi barrada de entrar no CEU. Segundo Luba, a gestora do CEU Perus se recusou a receber o Sindsep e pediu que procurassem a Secretaria Municipal de Educação. Conforme denúncia de um trabalhador da  Emef Gabriel Sylvestre, na zona Norte, educadores e outros trabalhadores foram ameaçados e coagidos pela vereadora Janaína Lima (Partido Novo) em "visita" à escola, acompanhada de equipes de veículos de imprensa. "A vereadora deu inclusive voz de prisão ao nosso AD caso não permitisse a entrada dela e das 10 pessoas que a acompanhavam, dos veículos Estadão e Jovem Pan, Movimento Escola Sem Partido e um funcionário da GCM que assessora a vereadora. Foi ultrajante!", denuncia o trabalhador da Emef ao Sindsep. 
 
 
Gestora se recusa a receber Sindsep.| Foto: Luba Melo
 
Na avaliação do Sindsep, a greve vai continuar porque o momento é gravíssimo. “Continuamos em greve porque a situação é grave, a greve é um instrumento legítimo dos trabalhadores. Muito preocupante a atitude dos gestores em não ouvir o sindicato que representa os servidores. Nossa luta é pela vida das nossas crianças e dos profissionais de Educação. Não podemos aceitar que os desmandos desta gestão coloquem vidas em risco", reforçou a dirigente sindical.
 
Lucianne Tahan e Luba Melo, dirigentes do Sindsep, reafirmam a greve em defesa da vida.
 
Lucianne Tahan, agente de endemias e coordenadora da Região Noroeste do Sindsep, acrescentou que os hospitais da região estão estrangulados. “Hospitais municipais e particulares estão com 96% e 99%, respectivamente, dos leitos ocupados. Estamos vivendo o pior período da pandemia do coronavírus, chegando a 1500 mortes de Covid por dia. Pior que o pico registrado no ano passado. Não é momento de abrir escola, o CEU Perus é apenas um exemplo. Menos de um mês e já foram confirmados 8 casos da doença entre os trabalhadores nesse CEU. É um absurdo colocarem a população em risco dessa maneira", criticou a dirigente.
 
A rede municipal de Educação já registra aproximadamente 800 casos confirmados de Covid, os especialistas recomendam um fechamento porque os sistemas de saúde público e privado irão colapsar nos próximos dias, mas o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, governador João Doria e o presidente Jair Bolsonaro parecem ter como meta o genocídio da população.
 
Denúncias aos órgãos competentes
 
Além de reforçar a mobilização da greve, que nesta segunda (1º), às 19h, terá uma plenária geral, o Sindsep está denunciando ao Ministério Público, Covisa e Conselho Municipal de Saúde todas as unidades educacionais que estão descumprindo os protocolos sanitários.
 
Fiscalize e denuncie descumprimentos dos protocolos sanitários
 
Convocamos os trabalhadores e trabalhadoras da Educação a fiscalizarem e denunciarem ao Sindsep-SP descumprimentos dos protocolos sanitários nas unidades. Envie denúncia dos problemas na escola para o whatsapp oficial do Sindsep: (11) 97025-5497. Garantimos o sigilo de sua denúncia.