Educação

Greve pela Vida | Sindsep participa da Mesa de Negociação do Fórum das Entidades

29/04/2021 16:02

Mais uma vez o secretário Padula não comparece e transfere para a secretária executiva, Malde Villas Boas, o diálogo com as entidades.

Nesta quinta-feira (29), foi retomada a Mesa de Negociação com a Secretaria Municipal de Educação e o Forum das Entidades, para discutir o movimento de greve frente ao retorno presencial nas escolas.
 
Durante a reunião, o Sindsep observou que mais uma vez a pasta jogou a responsabilidade sobre a retomada das aulas presenciais para o colo do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, e assim nada de efetivo respondeu.
 
Ao contrário, novamente a SME preferiu o marketing, elencando uma lista de ações realizadas, que conforme o Sindsep afirmou em nada ou muito pouco contribuiu para um efetivo combate às contaminações na educação do município.
 
De acordo com a pasta, um total de 190 mil alunos matriculados estão frequentando a escola. “Em universo aproximado de 1,1 milhão de estudantes [1.062.034], conclui-se que apenas 18% das famílias atenderam ao chamado da Secretaria de Educação, enquanto 82% das famílias são favoráveis aos motivos que levaram à Greve na Educação: preservação da vida”.
 
Malde Villas Boas informou ainda que 32.901 profissionais da Educação foram vacinados até a última sexta-feira (16). “Considerando que a SME possui em seus quadros 61.764 da rede direta e que entre os trabalhadores/as imunizados/as estão os das redes indireta e conveniada, a vacinação não atinge nem 20% dos profissionais de cada unidade de ensino, confirmando o que o Sindsep vem denunciando”.
 
Apesar das inconsistências em números e ações pouco efetivas no controle da pandemia, a SME voltou a afirmar que há incongruência entre o número de grevistas – cerca de 12 mil – e os registros das escolas –1.000 apontamentos. Segundo a pasta, as diretorias regionais de Educação (DRE) não possuem orientação para pressionar diretores, mas considera importante observar que existem legislações sobre o apontamento de frequência na unidade. “Em relação a esse ponto, o Sindsep destacou que ter o controle interno sobre a organização da escola é uma coisa, agora apontar faltas no sistema a uma greve legítima ainda em negociação é ilegal e desrespeita o direito à greve. Também frisou que apoia a ação dos gestores que seguem a legislação e apontam a frequência dos profissionais, em greve ou não”, relatou Maciel Nascimento.
 
Durante a reunião foi ressaltada a importância da Mesa Técnica da Saúde, da qual o Sindsep foi proponente e participante desde o início da pandemia. “Precisamos estabelecer regras claras que apontem a possibilidade de reabertura das escolas, bem como em que momento elas devem estar fechadas”, resaltou Sérgio Antiqueira, presidente do Sindsep.
 
A SME manteve a posição de somente negociar os dias parados com o encerramento da greve. No entanto, em razão da Greve pela Vida ter contribuído com a diminuição do colapso e mortes na cidade é que ela seguirá. Essa é a determinação dos grevistas. “Queremos o contrário: o fim da exposição desnecessária dos profissionais e famílias em nome de apenas 18% do atendimento na cidade e aí sim, poderemos propor a suspensão da greve”, afirmou a sireção do Sindsep.
 
Participe de nossa assembleia, nesta quinta (29), quando será detalhado o conteúdo da mesa de negociação.
 
É Greve porque é Grave!