Sindsep juntamente com o Fórum das Entidades esteve na tarde desta quarta-feira, 1º de fevereiro, dia em que inicia o ano legislativo na Câmara Municipal, para realizar um ato de recepção aos vereadores e vereadoras.
A atividade tinha como pauta a entrega de uma carta aos parlamentares com as intenções e constando as principais bandeiras de luta para 2023 e os seus três pontos principais que são: política permanente de revisão inflacionária anual, fim do confisco de 14% e pela abertura de concurso público.
Junto com a carta que foi entregue por uma comissão nos gabinetes, um girassol foi agregado com um cartão que dizia “Boas vidas senhores/as vereadores/as! Valorize quem cuida de você e da sua cidade: servidoras e servidores públicos”, como um gesto de boa fé das entidades sindicais.
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Foto: Pedro Canfora
Enquanto a carta e as flores eram entregues os demais participantes ficaram na porta da Câmara e realizaram falas sobre as reivindicações dos servidores. João Gabriel Buonavita, presidente do Sindsep, falou sobre o simbolismo do ato e que os vereadores precisam entender que todo poder precisa atender ao povo. Da atividade ser fruto da organização das entidades e dos servidores. Reforçou os três principais pontos da pauta de reivindicação. “Estamos aqui para dialogar com os vereadores e vereadoras que não aguentamos mais e que queremos um diálogo real. Ricardo Nunes nós estamos voltando”, foi a fala final do presidente.
A vice-presidenta do Sindsep, Luba Melo, falou deste ser o primeiro ato de 2023 do Sindsep e do Fórum das Entidades. “Estamos aqui para cobrar apoio aos que cuidam da cidade que são os servidores e servidoras municipais”.
Ao final do ato os participantes subiram para o plenário para acompanhar a cerimônia de início do ano legislativo. Inicialmente era para ter sido realizada na área externa da Câmara, no plenarinho. Mas como o prefeito Ricardo Nunes compareceu e com medo da manifestação foi transferido para a área interna da Casa Legislativa.
Movimento SOS Casas de Cultura esteve presente no ato
O Sindsep faz parte do movimento SOS Casas de Cultura, criado para lutar pela não terceirização das 20 Casas de Cultura nas periferias, projeto do prefeito Ricardo Nunes e da secretária de Cultura Aline Torres.
Alguns representantes do movimento realizaram falas em que explicam a importância das Casas de Cultura. Aurelio Prates do movimento falou sobre como a privatização só serve para desviar verba pública como o escândalo da OS que administrava o Teatro Municipal e desvio 15 milhões. Falou que a atual deputada federal Luiza Erundina, que foi prefeita de cidade de São Paulo, nos anos 80 foi quem implementou as Casas de Cultura.
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Foto: Pedro Canfora
Outro integrante do movimento falou de como esse projeto de terceirização afeta a juventude, deixando sem perspectiva de futuro. Nei fez parte do Programa Jovem Monitor Cultural, que teria como objetivo formar trabalhadores para estes locais, além disso, afirma que os participantes servem para tapar buraco da falta de servidores nas Casas de Cultura. “Faz 4 meses que sai do projeto e não tenho perspectiva nenhuma. Nós estávamos dentro das Casas de Cultura fazendo trabalho de dezenas de servidores. Colocam nós jovens nas casas para tampar buracos por falta de vontade de fazer concurso público”, desabafou.