Funcionalismo

Encontro do Conselho de Representantes Sindicais é marcado pela luta dos trabalhadores contra o desmonte de serviços, volta de unidades sem testagem e condições sanitárias

27/11/2020 15:12

O Sindsep realizou na manhã desta sexta-feira (27) o último encontro de 2020 do Conselho de Representantes Regionais – CRR, dividido em duas partes, a primeira com análise de conjuntura e a segunda com fala de trabalhadores de várias áreas do serviço público.

 

Sérgio Antiqueira, presidente do Sindsep, Lourdes Estevão, secretária dos Trabalhadores da Saúde e João Batista Gomes, secretário de Imprensa, realizaram a análise de conjuntura, com foco nas eleições, que aconteceram no próximo domingo (29).

 

Pois de um lado temos Covas que já conhecemos há 4 anos, um entreguista dos serviços públicos. Do outro lado Boulos que significa a possibilidade de retomada dos serviços públicos. O servidor saberá fazer sua escolha, visto que é seu futuro que está em jogo.

 

No segundo momento trabalhadores apresentaram a situação que suas áreas estão enfrentando, como na saúde, educação, assistência social, Centros de Educação Unificados – CEU, Coordenação de Vigilância em Saúde – Covisa.

 

A representante dos trabalhadores da assistência falou sobre a terceirização que em algumas áreas chega à 50%, falou sobre o desvio de função ao qual os servidores foram submetidos, com o afastamentos dos grupos de risco e pelo fato do governo mesmo podendo fazer contratações no estado de calamidade que foi decretado na cidade, não o fez. Dos trabalhadores que retornaram em outubro as suas atividades obrigados e sem resultado dos testes que demoram a sair. E da luta da categoria contra a retomada das atividades da assistência sem testagem em massa, sem condições sanitárias e sem protocolos de segurança.

 

Em relação a Covisa, a representante relembrou o desmonte pelo qual o setor passou e da importância do trabalho desenvolvido. Com esse desmonte os servidores foram removidos para unidades regionais com o pretexto de fortalecimento das regiões, o que foi uma grande confusão, pois foram jogados para áreas que não atuavam antes na Coordenação de Vigilância e com isso serviços foram interrompidos.  Os servidores seguem na luta para reverter essa situação ou para fazer uma desestruturação organizada. Também lembrou da reunião que aconteceria na semana passada com o Ministério Público e a Secretaria Municipal de Saúde e o secretário Edson aparecido, cancelou alegando o aumento de casos de Covid na cidade. Mesmo o prefeito falando que os casos em São Paulo estão estáveis. Além disso um protocolo de Covid está sendo elaborado pelo Albert Einstein, que é uma organização social da saúde, mas que deveria estar sendo feito pela Covisa.  

 

O representante dos trabalhadores de CEU, falou sobre a luta dos trabalhadores para trabalhar e pelas suas vidas e dos demais. A luta de hoje é pela melhoria dos Centros que se encontram sucateados. Chãos que precisam de reformas, piscinas, quadras, salas entre outros. Servidores lutam pelo não retorno das atividades para as crianças e para os alunos, afirmando que é um crime o que o prefeito Bruno Covas e o secretário Bruno Caetano estão fazendo. Ainda reforçou que é preciso ficar atentos e deixar claro o que está acontecendo nas unidades, que nada mais é que uma volta eleitoreira.

 

Na educação o representante dos trabalhadores lembrou a falta de concurso deste governo, que passou quatro anos vivendo dos seis grandes concursos realizados na gestão anterior. O governo bateu o maior recorde negativo. Não entregou um lápis, uma meia e que até hoje não chegou nada, o que em outros governo chegava em janeiro. Para piorar a situação na educação, o prefeito deixou vencer o contrato dos seguranças terceirizados, com isso, várias escolas já foram roubadas. Também falou sobre a compra de tablets por parte do governo, mas que isso não vai resolver a situação atual da educação na cidade de São Paulo.

 

Após as falas dos trabalhadores, e de alguns participantes foi tirado como encaminhamento a realização de uma plenária ampliada no dia 11 de dezembro, quando irá acontecer a reunião dos Representantes Sindicais de Unidade.

 

Por fim, Sérgio lembrou que a luta continua que independente do resultado da eleição, 2021 será de muita luta. Lourdes também reforçou que há muito trabalho pela frente, que a pandemia não acabou, e que mais do que nunca precisamos da ajuda dos trabalhadores para que informem ao Sindsep como está a situação dentro das unidades, pois o sindicato esta com muitas dificuldades para obter as informações sobre Covid e os dados são muito importantes para se fazer a luta.

 

A secretária dos Trabalhadores da Saúde ainda pediu para que quem puder participe do ato que acontecerá na próxima terça-feira (1º), contra o desmonte da UBS Santa Cecilia e contra o fechamento do programa de hormonioterapia da unidade que atende cerca de mil pessoas.