Funcionalismo

Servidores acumulam perdas salariais enquanto preços de itens essenciais como gás de cozinha e da cesta básica não param de aumentar

06/04/2022 10:15

Campanha Salarial Unificada do funcionalismo reivindica reposição salarial da inflação, reajuste nos vales refeição e alimentação e revogação do confisco dos aposentados. Hoje, 6 de abril, às 14 horas, haverá nova manifestação na Prefeitura (Viaduto do Chá, 15). Participe!

Nos últimos 7 anos os servidores municipais tiveram 0,07% de reajuste salarial acumulado. João Doria, Bruno Covas e agora Ricardo Nunes, seguem reajustando os salários em 0,01% a cada ano.

 

Ao mesmo tempo a inflação acumulada no período bateu 50,84% segundo a FIPE. Na prática os salários dos trabalhadores do serviço público municipal de São Paulo perderam metade do seu valor. Itens essenciais na casa dos trabalhadores não param de aumentar e os salários não saem do lugar.

 

Segundo um levantamento produzido pela subseção do Dieese-Sindsep, a cesta básica teve um aumento em seu preço de 2015 até 2021 de 94,95%. Já o preço do botijão de gás de cozinha aumentou em 7 anos mais de 134%. O aumento da cesta básica e do gás se somam a outros aumentos como o dos combustíveis e das contas (energia, água, telefonia...) espremendo o que sobra dos salários. Veja a tabela pelo Dieese.

 

 

 

O nome disso é arrocho salarial! Chega de 0.01%

 

 A lei salarial aplicada de 0,01% é um não reajuste que compromete a vida dos servidores. A cada ano o salário fica mais curto e as despesas mais altas para sobreviver. Servidores na ativa e aposentados sente na carne, cortando tudo o que podem. Mas para muitos hoje os salários estagnados mal cobrem o essencial para sobrevivência.

 

O resultado disso é a piora na condição de vida de servidoras e servidores, na ativa e aposentados com o aumento do endividamento (consignados) e no constante adoecimento da categoria.

 

O prefeito reajustou o próprio salário

 

O que é ainda mais escandaloso na manutenção de uma política de arrocho salarial para quem trabalha é que o próprio prefeito concedeu um reajuste de 46% para si mesmo, para seu vice-prefeito e seus secretários. O alto escalão com seus grandes salários recebe reajuste. Quem labuta pelo povo em cada unidade da Prefeitura segue no 0,01%.

 

Recursos há para reajustar salários dos servidores

 

O orçamento da Prefeitura para este ano de 2022 será de 82,7 Bilhões de Reais, o maior orçamento da história da cidade, em relação a 2021 é superior em 14,8 bilhões. Ou seja, é possível reajustar os salários dos servidores com muita folga. Outro dado alarmante são os gastos com servidores, o prefeito Ricardo Nunes gasta apenas 30,62% das receitas correntes líquidas com salários. Portanto muito, mas muito longe da Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece o gasto máximo de 54%.  Motivos não faltam para sermos valorizados, mas o Prefeito insiste em manter o arrocho salarial dos servidores.

 

Recuperação das perdas salarias já! Exigimos 46%!

 

Hoje, 6 de abril, às 14 horas, vamos mais uma vez à porta do prefeito. Vamos cobrar uma reposta à nossa pauta de reivindicações unificada com o Fórum de Entidades. Vamos exigir a recuperação das perdas salariais, o reajuste dos vales alimentação e refeição, a revogação do confisco dos salários dos aposentados (Emenda 41 / Sampaprev2), a convocação dos aprovados em concursos e o fim da política de terceirizações. Leia pauta completa no jornal do Sindsep clicando aqui https://admin.sindsep-sp.org.br/sistema/materiais/2407/arquivo/6234deb906cc9.pdf

Participe! Não dá mais para esperar. É preciso lutar por valorização dos servidores. Venha para manifestação vamos juntos exigir nosso direito a um salário digno!