Notícias

CUT-SP APROVA PLANO DE LUTAS NA 16ª PLENÁRIA; CONFIRA OS DEBATES

30/08/2021 12:32

Sindicalistas apontam para ampliação dos protestos e greves no próximo período para defender direitos e a democracia

A 16° Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’ aprovou neste sábado (28) o plano de lutas estadual para o próximo período. Também foram aprovadas quatro moções.  

 

Durante dois dias, sindicalistas de diferentes categorias avaliaram a conjuntura frente aos retrocessos no campo econômico, político e social.

 

Ao todo foram inscritos 312 delegados e delegadas sindicalistas por São Paulo. A atividade ocorre pela primeira vez em formato de videoconferência em virtude da pandemia de covid-19.

 

O estado de São Paulo levará 120 delegadas e delegados à 16ª Plenária Nacional da CUT, que será realizada em outubro de 2021.

Além do enfrentamento ao governo de João Doria (PSDB) no estado, demarcando lutas, greves e a participação no próximo ato do Grito dos Excluídos e Excluídas, no dia 7 de setembro, no Vale no Anhangabaú, no centro da capital, os dirigentes definiram pela participação nas ações pelo “Fora Bolsonaro” e em defesa das eleições democráticas de 2022.

 

Com relação à pandemia, aprovou-se a luta em prol da quebra de patentes das vacinas de covid-19, na defesa da produção de insumos pela indústria brasileira.

 

Articulações e bandeiras de luta

 

Na plenária, também se reforçou a importância de fortalecer a aliança com as frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e Coalizão Negra por Direitos, buscando-se unidade nas mobilizações.

 

Foi unânime nos debates a defesa de um projeto de industrialização e desenvolvimento sustentável no estado, visando gerar emprego decente e renda.

 

 

De igual forma, se apontou para a construção de mobilizações contra a terceirização, pela revogação das organizações sociais (OSs) e pelo fim da privatização e do desmonte do sistema Petrobrás, Eletrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

 

Entre as bandeiras de luta, as entidades sindicais seguirão mobilizadas contra a Medida Provisória (MP) 1045, da reforma trabalhista do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que, na prática, reduzirá valor dos salários, dificultando a atuação sindical e o acesso gratuito à Justiça do Trabalho.

 

Assim também, CUT-SP e sindicatos seguirão organizados contra a reforma Administrativa por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, de 2020, do governo Bolsonaro e contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 26, de 2021, do governo Doria.

 

“A unidade alcançada pelas forças políticas presentes na plenária resulta em um plano de lutas que nos prepara para enfrentar não só os desafios do próximo período, mas também fortalece a mobilização e a organização dos ramos e sindicatos CUTistas para frear o movimento golpista e antidemocrático capitaneado por Bolsonaro e seus apoiadores, bem como para enfrentar os mandos e retiradas de direitos promovidos por Doria em São Paulo”, afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

 

Comunicação e Formação

 

Durante a plenária, o vice-presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, teceu críticas ao papel da mídia comercial em todo processo que levou à prisão do ex-presidente Lula e permitiu que Jair Bolsonaro (ex-PSL) chegasse à presidência da República.

 

Frente ao papel dos veículos de comunicação no país e o uso nas novas tecnologias, a plenária da CUT-SP aprovou a implementação do projeto “Brigadas Digitais”, um processo massivo de mobilização, formação e organização em comunicação digital para fazer o enfrentamento ao bolsonarismo.

 

A proposta é preparar 63.390 comunicadoras e comunicadores, criando 5.730 Brigadas Digitais da CUT em todo país para fortalecer a disputa de narrativa.

 

“Com um projeto como esse temos em mãos um trunfo para virar o jogo, alcançando a sociedade onde o acesso à informação não chega, com informações até as periferias, aos trabalhadores e trabalhadoras, fortalecendo uma nova narrativa desde as bases, do chão de fábrica, das ruas, dos locais de trabalho dialogando cara a cara sobre o que significa a luta em defesa dos direitos e da democracia”, avalia o secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira.

 

* Em breve, os textos das moções aprovadas serão dispobilizados na íntegra no portal da CUT-SP.

 

* O nome “Petrobras” é grifado nas reportagens com acento, desde 2002, pelo movimento sindical CUTista. A decisão é um posicionamento político, pois, na década de 1990, o acento foi tirado sob o pretenso discurso de internacionalização da marca, com intuito privatista. Optou-se pela acentuação como sinalização de que a CUT e suas entidades sindicais filiadas defendem a empresa como estatal integrada e pertencente ao povo brasileiro.

 

https://sp.cut.org.br/noticias/cut-sp-aprova-plano-de-lutas-na-16-plenaria-c86a