Aumento de adesão sindical é um dos caminhos para a redução de suicídios entre trabalhadores(as), aponta estudo norte-americano
Um estudo publicado em dezembro de 2019 no American Journal of Industrial Medicine identificou que o aumento da adesão sindical está relacionada à queda de mortes por suicídio e por overdose, atualmente categorizadas como “mortes por desespero” na classe trabalhadora de meia idade nos EUA. Esse não é o primeiro estudo a apontar a relação entre participação sindical e saúde mental.
Em 2018, um estudo publicado no Social Currents constatou que, nos Estados Unidos da América, quanto mais pessoas filiadas a sindicatos, menores os índices de mortes por overdose. O que confirma a análise de pesquisa de 2013, publicada no Social Science & Medicine, que ao analisar 31 países europeus mostrou que a participação sindical é o fator externo mais determinante de saúde mental no trabalho.
Esse papel protetivo é fortemente associado à função sindical de defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as), atuando na redução da desigualdade econômica e na melhoria das condições de trabalho, visto que a precarização está vinculada a um maior número de mortes por desespero.
Outro elemento importante a ser investigado é a solidariedade e esperança promovidas pela organização de trabalhadores e trabalhadoras. O movimento sindical nos convida a olharmos para além dos nossos problemas individuais, nos retira da solidão, nos convida a dar as mãos aos nossos(as) colegas, lutando, juntos(as), uns pelos outros(as).
O cuidado com nossas vidas tem que ser algo coletivo. É necessário defender serviços de saúde públicos de qualidade, capazes de acolher nossos sofrimentos, e lutar por uma sociedade justa e igualitária, na qual sejamos verdadeiramente livres.
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Lutar faz bem à saúde mental, aponta estudo. | Foto: Letícia Kutzke/ Sindsep