Saúde

233 milhões gastos e muro do hospital Brasilândia recém inaugurado não segurou a primeira chuva

26/10/2020 17:12

Sindsep em parceria com moradores e movimentos da saúde da região, realizaram um ato por saúde pública de qualidade no Hospital Municipal da Vila Brasilândia, Zona Norte da cidade na manhã desta segunda-feira (26). 
 
 
O hospital que teve suas obras iniciadas no governo do prefeito Haddad, só foi inaugurado agora no final do governo Bruno Covas, em 20 de outubro, momento que ele tenta se reeleger, e apenas alguns leitos para tratamento de Covid. Ninguém entra no hospital se não for de ambulância, é fechado para o público. 
 
 
Além disso, a obra teve um custo de 233 milhões de reais e na primeira chuva forte, um dos muros veio abaixo, o que demostra que a obra foi feita nas “coxas”. “É inaceitável que se gaste tanto dinheiro e se demore tanto para entregar uma obra e quando entrega, entrega um negócio meia boca. Não é o que a população quer e não é o que a população merece”, afirmou Lucianne Tahan, diretora do Sindsep. 
 
 
João Batista Gomes, dirigente do Sindsep falou sobre as mentiras que Bruno Covas está falando em sua campanha. “A gente olhando o hospital parece pronto, então porque não abre o hospital para aquilo que é o objetivo dele, atender a população em geral e ter atendimento direto no pronto socorro, mas isso não acontece”, pontou. Governo segundo diretor, preferiu investir milhões nos hospitais de campanhas mesmo tendo vários hospitais prontos. 
 
 
Sueli, moradora da região da Brasilândia, participou ativamente da luta pela construção do hospital. A moradora falou da luta para que a região tivesse uma saúde de qualidade. “Eu como mulher, moradora aqui da Brasilândia fiz essa luta junto com o governo Haddad, só que quando chega o desgoverno, Covas tenta nos enganar, entra na nossa sala com suas mentiras, dizendo que este hospital está funcionando. É mentira. Este hospital não está funcionando para todas as patologias, mas deveria”, declarou a moradora. 
 
 
Outros moradores da região e militantes dos movimentos da saúde também enfatizaram a necessidade de uma saúde de qualidade para região e a importância dos serviços serem feitos por servidores concursados. Para encerrar a atividade o vice-presidente do Sindsep, João Gabriel Buonavita, lembrou os presentes que a pandemia ainda não passou. “Este hospital é fruto da luta popular deste bairro, um bairro que há gerações luta para não ficar no esquecimento do poder público, para não ficar de fora dos planos da Prefeitura. E a luta popular garantiu esse hospital belíssimo”.