Saúde

Covas quer extinguir Escola de Saúde Municipal Prof. Makiguti, única de educação profissional e saúde pública

06/07/2020 16:34

Escola, ligada à Fundação Paulistana em risco de ser extinta, forma alunos no ensino técnico para atuar na área da saúde bucal, farmácia, análises clínicas, cuidados com idosos, hemoterapia e gerência em saúde. Dez mil já foram formados pela instituição.

O Projeto de Lei 749/19 aprovado em segunda votação pela Câmara Municipal de São Paulo, em 24 de junho, que extinguiu autarquias municipais, é mais um ataque profundo aos serviços públicos.
 
Com a aprovação do projeto, avança o risco de extinção da Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura – Fundação Paulistana, que administra a Escola Municipal de Saúde Pública Professor Makiguti, em Cidade Tiradentes, zona leste. 
 
A escola forma alunos no ensino técnico para atuar na área da saúde bucal, farmácia, análises clínicas, cuidados com idosos, hemoterapia e gerência em saúde. Anualmente há duas seleções para entrar nos cursos. 
 
 
Curso de Análises Clínicas é um dos que podem acabar com a extinção Fundação Paulistana, que administra a Escola Municipal de Saúde Pública Professor Makiguti. | Foto: Prefeitura de SP
 
 
Mais de 10 mil jovens já foram formados pela Escola, de acordo com professores. "É uma escola que tem impacto social muito importante e devolutiva de emprego. As pessoas [formadas na Escola Técnica de Saúde Pública Professor Makiguti] estão empregadas em UBS, hospitais, clínicas laboratórios, então estamos com uma preocupação inclusive social. O destino dessa escola tão importante num bairro periférico e que é resultado da luta da população da Cidade Tiradentes”, completa um professor da unidade. 
 
Além de extinguir a Escola, o PL cria muitas incertezas, pois transfere tudo para a SP Negócios, que se autodefine como “promotora do desenvolvimento econômico do município” para “atuar junto à Prefeitura de São Paulo para melhorar o ambiente de negócios e atrair oportunidades de investimento”. 
 
A Escola de Saúde Pública não é um negócio, é um serviço público para capacitar profissionais para a área da saúde!
 
 
"Mais de 10 mil jovens já foram formados na Escola, única escola pública", diz professora Marta Pozzani.
 
 
Toda a estrutura da escola também está ameaçado, já que os cargos do equipamento de ensino público serão extintos e alguns transferidos para a administração direta ou IPREM, como é o caso da direção da Escola. A escola sem estrutura é a receita para seu fechamento. 
 
Preocupados com o desmonte, alunos iniciaram um abaixo-assinado para entregar ao prefeito. O Sindsep se soma a esse protesto e solicitará uma audiência com o prefeito Bruno Covas para alertá-lo sobre o que está em jogo com a extinção da Fundação e consequentemente da escola. 
 
Clique aqui e assine o abaixo assinado