Saúde

Médicos de UBSs realizam ato para exigir do governo de Ricardo Nunes melhores condições de trabalho

20/01/2022 11:10

Sindsep esteve presente no ato dos médicos da Atenção Primária a Saúde que são os profissionais que atendem em UBS – Unidades Básicas de Saúde na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (19), em frente ao Viaduto do Chá.

 

O ato aconteceu num momento em que estes profissionais estão com uma intensa sobrecarga de trabalho com o agravamento da pandemia de Covid-19 e o surto gripal na cidade e, sofrendo com adoecimento físico e psíquico. Além de cobrar pela contratação imediata de mais equipes para o atendimento, a garantia de condições mínimas de trabalho, entre outras demandas.

 

Durante a manifestação também foi entregue para a população uma carta aberta assina por várias entidades sindicais, onde é explicado para a população sobre a situação na UBSs, com profissionais exaustos com as unidades abrindo aos sábados para atender as demandas de vacinação.

Como também o fato de a Secretaria Municipal de Saúde determinar que as UBSs façam as triagens de pacientes com sintomas respiratórios, com a desculpa de desafogar os Prontos Socorros. Colocando esses pacientes no mesmo ambiente que gestantes que vão a unidade para o pré-natal, bebês e idosos que vão para consulta.

 

“Essa deve ser uma luta de toda a população da cidade de São Paulo. Porque são exatamente os trabalhadores da saúde que estão qualificados para poder dar assistência que neste momento a população tanto precisa [...] nós somos heróis. Mas somos heróis que comem, que vestem e que moram. Portanto, é muito justo e estamos juntos até onde for necessário nessa luta por condições adequadas”, declarou Lourdes Estevão diretora dos Trabalhadores da Saúde do Sindsep.

 

A luta dos médicos é a luta de todos os profissionais que atuam nas UBSs, que no dia a dia está sofrendo com a exaustão e sem receber seus direitos. Mesmo com a suspensão da greve, foi mantido o ato. O TJ SP deu liminar à Prefeitura proibindo a greve e estabelecendo multa de R$ 600 mil por dia. O SIMESP (Sindicato dos Médicos de São Paulo) participará da audiência de conciliação no dia 27 e novo ato está sendo construído para dia 28 de janeiro.