Saúde

Servidores criticam péssima qualidade do serviço 156 pra agendar consultas no HSPM e SMS silencia sobre fila de atendimento

13/05/2022 11:57

Nas paredes do Salão Nobre, onde ocorreu audiência pública da Comissão de Saúde que teve como uma das pautas a qualidade da central de atendimento, frases estampavam as reclamações, onde há fila de espera para agendar uma consulta ou exame em até dois anos.

Por Redação



Por quase uma hora e meia, servidoras/es, entidades representantes de trabalhadoras/es debateram os problemas que vêm enfrentando para marcar consultas e exames no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), na audiência da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, proposta pela vereadora Juliana Cardoso (PT), que é vice-presidente da Comissão, e protocolou nessa semana um projeto de lei para inclusão de pai, mãe, padrastos e madrastas como dependentes de servidores para utilização do HSPM.



Secretário de Saúde, Zamarco, ex-superintendente do HSPM não compareceu à audiência. | Foto: Laudiceia Reis
 
Nas paredes do Salão Nobre, onde ocorria a audiência, frases estampavam as reclamações e denúncias do serviço 156, onde há fila de espera para agendar uma consulta ou exame em até dois anos.
 
“Eu sofro com uma hérnia inguinal e não consigo marcar pelo 156 uma consulta com o estou tentando marcar consulta com um gastrocirurgião. Nesses dois anos de pandemia não obtive retorno sobre a minha consulta nessa especialidade”, denunciou Omar Braga Mendonça, 78 anos, servidor municipal aposentado, está há dois anos tentando marcar uma consulta no hospital.
 
“Hoje o 156 mais prejudica que facilita o acesso dos servidores a saúde. Simplesmente estamos sem o nosso direito de acesso a saúde garantidos. Está mais do que comprovado que este sistema não serve mais para agendamento de consultas e exames”, avalia Flávia Anunciação, secretária dos Trabalhadores da Saúde do Sindsep, servidora do HSPM e titular do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo.
 
Para Lourdes Estêvão, secretária de Políticas Sociais do Sindsep criticou a ausência do médico Luiz Carlos Zamarco, atual secretário municipal de Saúde, e que esteve por muito tempo na Superintendência do HSPM, onde foi enterrado o controle social de trabalhadores.
 
A dirigente considera o péssimo atendimento do 156 um descaso com relação a saúde do servidor público municipal e cobrou soluções imediatas para resolver o problema de marcações do 156. “Para que o servidor público possa atender bem a população ele precisa estar saudável. Muitos dos servidores tiveram Covid e a maioria deles estão sofrendo com sequelas dessa doença e mais do que nunca precisando do HSPM”, ressaltou Lourdes, ao cobrar transparência de quantos atendimentos são realizados.
 
“Valorizar a saúde do servidor é valorizar a população, que será atendida por estes servidores”, completou Lourdes.
 
Ivan Cáceres, representante da SMS, falou de reformas no HSPM, mas admitiu que a marcação de consultas e exames dos servidores pode ser aprimorada. Um novo aplicativo do HSPM em teste foi anunciado como a única “salvação da lavoura”, para agendamento de consultas e exames de maneira mais prática. “Ela vai funcionar como o e-saúde que utilizado pela população e é uma ferramenta bastante exitosa”, afirmou o representante.
 
 
Ivan Cáceres, representando a SMS, se restringiu a falar sobre novo app, mas não soube explicar situação da fila de atendimento.
 
 
Na avaliação da vice-presidente da Comissão de Saúde, Juliana Cardoso, faltaram respostas mais concretas.