Saúde

Trabalhadores do Samu na Zona Leste temem colapso no atendimento como em Manaus

02/03/2021 12:56

Algumas unidades estão sem cilindros portáteis de oxigênio para rodar nas ambulâncias e relatam a falta de materiais para desinfecção e limpeza terminal das unidades móveis.

O Sindsep recebeu denúncia, nesta terça-feira (2), sobre a falta de cilindros portáteis de alumínio e materiais para limpeza e desinfecção das ambulâncias em bases do SAMU de Guaianases, Planalto, Ermelino Matarazzo e Jardim das Oliveiras.
 
A Secretaria de Trabalhadores da Saúde do Sindsep entrou em contato com as bases e apurou que oxigênio há, mas faltam cilindros portáteis de alumínio para reposição nas unidades das regiões de Guaianases, Itaquera, Ermelino Matarazzo e Itaim Paulista. O Sindsep apurou também que o cilindro grande de oxigênio, apesar de atraso na entrega, está sendo disponível, no entanto não pode ser utilizado por quem utiliza o cilindro menor. 
 
"O torpedo grande [cilindro] é de ferro. O problema é que quando há a aquisição do torpedo pequeno de alumínio não há como pegar o de ferro, que é o maior, mais pesado, mas isso por uma questão burocrática", explica outro trabalhador do Samu, que tem situação favorável em sua ambulância.
 
Outra trabalhadora do Samu da Zona Leste denunciou a falta de surfa´safe [espuma para desinfecção e limpeza terminal das ambulâncias do Samu após um atendimento], de panos de limpeza e de protocolo para a desinfecção das ambulâncias com produtos substitutivos.
 
Um samuseiro relata que foram orientados a realizar a limpeza terminal das ambulâncias com hipoclorito, porém não há protocolo para a realização com o produto e nem materiais para diluição. "Não tem nem balde. O cheiro do hipoclorito permanece na ambulância por mais de uma hora", acrescenta.
 
De acordo com a Secretaria de Trabalhadores da Saúde do Sindsep, os problemas relatados já seriam graves em período normal, sem pandemia, no entanto com a situação cada vez mais crítica, com novas cepas do coronavírus em circulação, e sem medidas mais firmes de distanciamento, a contaminação poderá piorar muito o número de infecções de pessoas atendidas pelo Samu.