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Direitos Humanos

19/12/2022 - 11:14

Homem que fez ofensas racistas e apologia ao nazismo na Biblioteca Mário de Andrade foi condenado

O Conselho Federal de Bibiloteconomia publicou nesta segunda-feira (19), uma nota falando sobre a condenação de ilho da Silva Brito, que em agosto desse ano estava na Biblioteca Mário de Andrade, na região Central da capital, com o livro “Minha Luta” de Adolf Hitler, e na área de estudos começou a proferir ofensas além de fazer gestos nazistas. O episódio foi filmado por testemunhas. Leia a nota do Conselho:

 

Na última semana, Wilho da Silva Brito, de 40 anos, foi condenado pela Justiça de São Paulo a dois anos e oito meses de prisão em regime semiaberto por praticar ofensas racistas e homofóbicas e fazer apologia ao nazismo na Biblioteca Mário de Andrade, no centro da capital paulista.


Wilho foi preso em flagrante em agosto deste ano após ser filmado na biblioteca dizendo que não gosta de negros.


Na denúncia, o promotor afirma que o homem, que tinha o livro “Minha Luta”, de Adolf Hitler, fez gestos associados ao nazismo e "depreciou e inferiorizou a coletividade de pessoas LGBT ao associá-la de forma ofensiva a comportamento reprovável, sexualizado e violento".


Wilho também terá de pagar uma indenização de R$ 50 mil à biblioteca. Ele ainda pode recorrer.


Lembramos que, por força do juramento profissional, a bibliotecária e o bibliotecário brasileiros devem lutar em favor da dignidade da pessoa humana, combatendo toda forma de preconceito (Resolução CFB nº 6, de 13 de julho de 1966).

https://www.instagram.com/p/CmWTGCSu6-h/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

 

Sindsep se pronunciou na época contra o episódio

 

A diretora de Políticas Sociais, Lourdes Estevão esteve na Biblioteca Mário de Andrade logo após o ocorrido, em agosto falando sobre a importância da biblioteca. Lourdes ainda falou que estamos no século 21 e num sistema democrático em que não cabe a nenhuma pessoa o direito de se manifestar contra qualquer raça, gênero e escolha sexual.

 

“Nós precisamos nos organizar enquanto negros, mulheres, LGBT e nos colocarmos contra de forma veemente a essas atitudes, sobretudo nestes últimos anos de governo Bolsonaro, que promove e incentiva esse tipo de atitude. Somos todos iguais. Contra o racismo, contra o preconceito e por uma sociedade democrática”, declarou na época, Lourdes Estevão.

 

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