SINDSEP - SP

Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Minicípio de São Paulo

SINDICALIZE-SE

Educação

22/03/2021 - 15:45

Greve da Educação: Vigília exige que Bruno Covas atenda as reivindicações em mesa de negociação

Trabalhadoras/es da educação municipal em greve realizaram na manhã desta segunda-feira (22), uma vigília em frente a Prefeitura para pressionar para que o governo negocie a pauta de reivindicação dos trabalhadores na mesa de negociação que acontecerá às 15 horas com a Secretaria Municipal de Ensino. A vigília foi uma iniciativa dos Comandos Regionais de Greve e do Sindsep.

 

O vice-presidente do Sindsep, João Gabriel Buonavita, abriu a vigília falando sobre a incoerência do prefeito Bruno Covas em fechar o comércio, mas manter as escolas abertas. Pois estamos num momento que se alguém se contaminar não vamos ter leito de hospital, não vai ter oxigênio e pedindo para o prefeito sujar as mãos com o sangue destes trabalhadores.  E reforçou “Trabalhadores completam 40 dias de greve. Chega de morte na educação, chega de morte desnecessária.  Covas não abandone a cidade de São Paulo, Covas seja coerente. Covas fecha as escolas imediatamente. É greve porque é grave!”

Em seguida foi lido o nome dos profissionais da educação que perderam suas vidas para a Covid-19 e os presentes para homenagear depositaram rosas brancas aos pés de cruzes brancas que estavam espalhadas em frente a Prefeitura. A cada nome lido, todos gritavam presente. No entanto, a lista não é a oficial e sim do levantamento que o Sindsep fez ao longo da pandemia, pois até hoje o governo não divulgou uma listagem oficial com o número de profissionais mortos pelo vírus.

 

Uma trabalhadora da educação falou sobre a situação grave em que se encontram, pois pela primeira vez estão realizando uma greve que não é campanha salarial, mas lago muito maior que é vidas. Todos os dias profissionais da educação perdem suas vidas para o vírus e pede para que o governador João Doria e prefeito Bruno Covas põem a mão na cabeça e percebam que não da colocar os professores em sala de aula no pior momento da pandemia. “O que estamos solicitando é o mínimo da racionalidade é o mínimo da política, vacinação, auxílio digno para as pessoas ficarem em casa”.

Luba Melo, secretária da Mulher Trabalhadora do Sindsep, reforçou que a greve histórica da educação estava completando mais de 40 dias e que a luta não é por salários ou condições melhores de trabalho, mas sim pela vida. E reforçou que não faz sentido o prefeito bruno Covas manter as escolas abertas, com trabalhadores tendo que atravessar a cidade, precisam usar o transporte público e correndo o risco de se contaminar. “A população para ficar em casa, precisam de um auxílio emergencial que de condições para isso”, frizou a dirigente.

 

Outras/os trabalhadoras/es representantes dos comandos regionais de greve presentes fizeram falas reforçando os motivos da vigília em frente a Prefeitura, como o fato de o prefeito Bruno Covas em um ano de pandemia não ter preparado as escolas para o retorno das aulas. Como explicou uma trabalhadora: "Falta de testagem para os profissionais da educação e alunos. O fato de muitos alunos não terem acesso a internet para acompanhar as aulas, situação a qual o prefeito não fez nada, apenas usou como promessa de campanha, ao falar que distribuiria tablets para os alunos. "Outro trabalhador reforçou que "os trabalhadores não vão se intimidar com a ameaça de corte no ponto e cobraram que o governo atenda suas reivindicações. Chega de mortes na educação!"

A dirigente do Sindsep, Flávia Anunciação mandou um recado para a população, como enfermeira de UTI infantil, diz que os hospitais estão lotados e já temos 129 crianças mortas por Covid-19. E que os pais e mãe que enviam seus filhos para a escola podem no próximo jantar em família ter um lugar vazio a mesa. Falou sobre as condições das escolas e que não há condições de evitar a contaminação nestes locais. “Bruno Covas pune a comunidade escolar e os educadores quando abre as escolas, resultado de sua política é muito triste. Eu peço do fundo do coração que você tenha um profundo amor pela população da cidade de são Paulo. Seu nome vai entrar para a história por lidar muito melhor com a morte do que com a vida”.

 

[voltar]