Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo divulgou mais uma renovação de contrato com empresa terceirizada no Serviço Funerário Municipal. Trata-se da empresa BK Consultoria e Serviços Ltda, conforme extrato publicado na edição de 18 de setembro, no Diário Oficial da Cidade. Para manter os sepultadores terceirizados nos 22 cemitérios da capital paulista, a BK Consultoria fornecerá 140 sepultadores terceirizados até março de 2022, no valor de R$ 3.813.600,00.

O Sindsep vem questionando desde o primeiro momento essa contratação, por ser um custo bem menor a contratação de emergência seguida de realização de concurso público, mas não foi a opção do governo.

Numa conta rápida, a economia aos cofres públicos seria de pelo menos R$ 2 milhões. Hoje um servidor contratado, em início de carreira recebe R$ 1.132,00, somando benefícios, como vale-refeição e alimentação, o gasto médio é de R$ 2.000,00, por sepultador. Acrescentando os encargos da prefeitura, um sepultador custaria, no máximo, para o serviço funerário R$ 2.200,00.

Se considerarmos 140 sepultadores contratados, equivale a R$ 308.000,00 por mês, como o contrato é de duração de 6 meses, chegaria a R$ 1.848.000,00. Uma economia de R$ 1.965.600,00.

O Sindsep relatou tudo isso ao Tribunal de Contas do Município, em março de 2020, no entanto nossas reclamações não foram acatadas. E, vejam, que no período do ano passado, o contrato de 220 sepultadores garantiria uma economia ainda maior.

Desta forma, o Sindsep retoma a questão, pois a terceirização além de precarizar as próprias relações de trabalho, já que os sepultadores contratados recebem salário mínimo e alguns benefícios; é mais cara para o Poder Público, porque a empresa contratada garante o seu lucro. Afinal, não existe almoço grátis.

Porém, a gestão Ricardo Nunes prefere seguir terceirizando em todas as áreas do Serviço Funerário. Se recusam a chamar os candidatos aprovados em concurso da área administrativa (AGPPs), realizado em 2016, para contratar terceirizados para exercer a mesma função.

É preciso barrar isso, e o Sindsep está firme nesse propósito. Segue na luta por:

- Contratação de emergência para sepultadores e chamada para o concurso;

- Nomeação dos aprovados para AGPPs, no concurso de 2016;

- Fora as empresas terceirizadas e os trabalhadores terceirizados poderiam ser contratados de emergência;

- Por um serviço funerário 100% público!

EVOLUÇÃO DOS CONTRATOS