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30/08/2021 - 13:06

Resistência popular, unidade e mobilização foram destaque na plenária da CUT-SP

Primeiro dia de plenária contou com ampla participação de sindicatos; evento em formato virtual seguirá até sábado (28) com debates e aprovação de um plano de lutas da central no estado de São Paulo

 

A 16° Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’ teve início nesta sexta-feira (27). A atividade ocorre pela primeira vez em formato de videoconferência em decorrência da pandemia de covid-19. Ao todo foram inscritos 312 delegados e delegadas sindicalistas. 

 

A abertura contou com a fala de dirigentes sindicais, movimentos sociais e a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do professor, ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

 

As falas homenagearam os quase 580 mil trabalhadores e trabalhadoras que perderam a vida por causa do novo coronavírus, bem como apontaram para os retrocessos vividos no Brasil frente à política de morte e de retirada de direitos do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

 

“Estamos diante de um governo que tem total desprezo pela vida, pelo diálogo e pelas instituições democráticas. Estamos em um momento de nossa história em que todos aqueles que defendem a democracia, os direitos, uma sociedade justa e a distribuição de renda precisam fortalecer a unidade na luta”, disse o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

 

O dirigente também falou sobre as mobilizações pelo país, as estratégias de enfrentamento ao governo paulista de João Doria (PSDB) e reforçou a importância da participação no ato do Grito dos Excluídos e Excluídas, em 7 de setembro, que neste ano excepcionalmente será no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, a partir das 14h.

 

“Temos que construir junto aos setores democráticos uma nova perspectiva para nosso Brasil, que significa trazer a esperança ao povo brasileiro com emprego, saúde, educação e com uma vida digna”, completou Izzo.

 

Resistência popular

 

Presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, lembrou os 14,8 milhões de desempregados e os 5,97 milhões de desalentados, que são as pessoas que desistiram de procurar emprego por falta de esperança de que irão encontrar uma vaga de trabalho.

 

“Estamos vendo a fome voltar, especialmente nas periferias das grandes cidades, e um número maior de pessoas vivendo nas ruas. O governo Bolsonaro vem com um plano de destruição do Estado brasileiro, de desconstrução do Estado através das privatizações. Estamos vendo a entrega do sistema elétrico e a tentativa de privatização da Petrobrás, dos Correios, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica”, avaliou.

 

Nobre também falou sobre a destruição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), situando como relevante estrutura de fomento e desenvolvimento do país. E comentou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, de 2020, conhecida como reforma administrativa.

 

“A PEC 32 significa acabar com o concurso público e introduzir no setor público formas precárias e flexíveis de contratação, inclusive com salários inferiores ao mínimo”, apontou.

 

Frente a um cenário de enfrentamentos políticos, a secretária-geral da CUT Nacional, Carmen Foro, destacou a importância do estado de São Paulo na organização sindical e na resistência popular. “A gente deve seguir firme, construindo o nosso projeto e nos preparando para 2022”, concluiu



* Informações sobre os 14,8 milhões de desempregados e 5,97 milhões de desalentados referem-se aos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, divulgada em maio de 2021.

 

* O nome “Petrobras” é grifado nas reportagens com acento, desde 2002, pelo movimento sindical CUTista. A decisão é um posicionamento político, pois, na década de 1990, o acento foi tirado sob o pretenso discurso de internacionalização da marca, com intuito privatista. Optou-se pela acentuação como sinalização de que a CUT e suas entidades sindicais filiadas defendem a empresa como estatal integrada e pertencente ao povo brasileiro.

 

 

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