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Saúde

29/11/2022 - 13:41

Dengue: Prevenção está bem longe do que mostram redes sociais da gestão Ricardo Nunes

Faltam carros para agentes de endemias realizarem monitoramento na cidade e até EPI para enfrentar aumento de casos de coronavírus.

Por Redação Sindsep
 
Imagem capa: Fiocruz
 
 
 
 
A gestão do prefeito Ricardo Nunes não está nem aí com o aumento da Dengue em São Paulo. Apesar de saber sobre os riscos e complicações da reinfecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que entre janeiro e outubro desse ano vitimou cerca de 1,3 milhão de pessoas no país, deixa as equipes de UVIS sem carros há mais de um mês para realização de bloqueios de criadouros do mosquito e atividades casa a casa na cidade.
 
O 19 de novembro, "Dia D", que deveria ter atividades para conscientizar a população em toda a cidade sobre a importância de eliminação de criadouros no ambiente doméstico (pneus, calhas, vasos, piscinas, lixo, tampinhas) que propiciem o acúmulo de água e surgimento do mosquito, não passou de uma ação midiática.
 
“O prefeito organizou o dia D com atividades somente pra autopromoção em suas redes sociais e de alguns subprefeitos que aparecem apenas para a foto, porque na prática os agentes não conseguem realizar o monitoramento pela falta de veículos. As UVIS receberam poucos carros, nem metade do que foi firmado em contrato”, denuncia Lucianne Tahan, diretora do Sindsep.
 
O contrato da prefeitura com a empresa de veículos encerrou em 28 de outubro e a maioria das equipes de UVIS está há mais de 1 mês sem carros, com casos de dengue e demais arboviroses crescendo na cidade. A empresa que venceu a licitação da Prefeitura de São Paulo deveria iniciar em 1º de novembro, conforme contrato publicado em DOC. 
 
“Em reunião, confirmaram que os veículos chegariam nas UVIS dia 1º, em seguida a previsão já era dia 3 de novembro. Até esse momento, a maioria das UVIS não recebeu nenhum carro, com exceção de algumas poucas unidades. Numa nova cobrança que fizemos à gestão, disseram que em 15 dias todas as UVIS receberiam os veículos para realizar o monitoramento na cidade. Agora a previsão é nessa terça-feira, 29/11”, reforça a dirigente. 
 
Outro problema denunciado pelos agentes de endemias é a regulação do uso de máscara de proteção contra o coronavírus. Nas ações de prevenção ao coronavírus, que também voltou a apresentar aumento de casos na cidade, o que demandou a volta da obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público, os agentes de endemias têm ido aos terminais de ônibus para entregar máscaras à população, mas para eles trabalharem não há o equipamento de proteção individual.
 
“Nas unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) chegaram caixas de máscaras para serem distribuídas, mas não para que os agentes de endemias se protejam. É um absurdo! O prefeito Ricardo Nunes não protege servidor público”.
 
Em junho, um email do DVZ [Centro de Controle de Zoonoses] comunicou que as máscaras respiratórias não seriam mais distribuídas. “Tecnicamente não há nenhum impedimento dos agentes de combate a endemias continuarem trabalhando normalmente assim como todo e qualquer servidor”, destaca o documento oficial. 
 
O Sindsep lembra que as UVIS são unidades da Secretaria Municipal de Saúde e que em nenhum momento foi desobrigado o uso de máscara nos serviços de saúde do município. Portanto, cobra da Prefeitura de São Paulo a distribuição de máscaras de proteção a todo o conjunto de servidores/as que faz o atendimento público e enfrentamento da Covid.
 
A direção do Sindsep também segue acompanhando a chegada dos veículos às unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), para que sejam efetivas e não midiáticas as ações de prevenção à Dengue, Zika e Chikungunya.
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