No dia 2 de novembro rendemos nossa solidariedade às famílias dos mais de 158 mil brasileiros e brasileiras que perderam suas vidas para o Coronavírus. Na capital paulista passam de 13 mil mortos.
Aproveitamos também para lembrar, neste dia, todos(as) servidores(as) públicos municipais que perderam suas vidas no enfrentamento à Covid-19.
Desde que foi descoberta a pandemia no Brasil, os servidores do Serviço Funerário não pararam um minuto sequer este trabalho, enfrentando uma verdadeira calamidade, sem equipamentos de proteção individual (EPI), protocolos, um total abandono e descaso com estes profissionais. Somente após uma maratona de visitas encampada pelo Sindsep aos cemitérios da cidade, é que começou a ser garantido o fornecimento de máscaras, luvas, álcool em gel, macacões. Mas, a batalha para o fornecimento regular desses EPIs é constante.

O dia de Finados também não nos deixa esquecer que por responsabilidade de João Doria e Bruno Covas, obcecados em privatizar o Serviço Funerário Municipal, não houve nenhum investimento no serviço, nem cuidado com as vidas dos servidores. Servidores do grupo de risco (60 anos e com doenças pré-existentes) tiveram que ser afastados de suas funções e o governo não chamou os aprovados em concurso da área administrativa. Ao invés disso, optou por contratar de forma emergencial sepultadores e pessoal para estoque de caixões, por meio de empresas terceirizadas, sem licitação, valendo-se da permissividade que o Estado de emergência estabelece. Desde o início da pandemia houve previsão e gastos em torno de R$ 50 milhões, muitos deles duvidosos.
Portanto, neste dia de finados os servidores do Serviço Funerário estarão a postos, prestando o serviço que lhe é destinado, mas com muita preocupação em virtude do governo ter autorizado as visitas aos cemitérios. O que poderá gerar aglomerações.
O Sindsep exige que o governo Bruno Covas garanta a fiscalização e monitoramento nos cemitérios, assim como todas as condições de trabalho e cuidado com a vida dos servidores públicos municipais. Para que tanto trabalhadores como as famílias que renderão suas homenagens aos seus entes queridos não se exponham ao risco.
O Sindsep reafirma, neste dia, a continuidade da luta pela garantia de um serviço funerário 100% público e de qualidade.