Por Redação Sindsep
O 19 de novembro, "Dia D", que deveria ter atividades para conscientizar a população em toda a cidade sobre a importância de eliminação de criadouros no ambiente doméstico (pneus, calhas, vasos, piscinas, lixo, tampinhas) que propiciem o acúmulo de água e surgimento do mosquito, não passou de uma ação midiática.
“O prefeito organizou o dia D com atividades somente pra autopromoção em suas redes sociais e de alguns subprefeitos que aparecem apenas para a foto, porque na prática os agentes não conseguem realizar o monitoramento pela falta de veículos. As UVIS receberam poucos carros, nem metade do que foi firmado em contrato”, denuncia Lucianne Tahan, diretora do Sindsep.
O contrato da prefeitura com a empresa de veículos encerrou em 28 de outubro e a maioria das equipes de UVIS está há mais de 1 mês sem carros, com casos de dengue e demais arboviroses crescendo na cidade. A empresa que venceu a licitação da Prefeitura de São Paulo deveria iniciar em 1º de novembro, conforme contrato publicado em DOC.
“Em reunião, confirmaram que os veículos chegariam nas UVIS dia 1º, em seguida a previsão já era dia 3 de novembro. Até esse momento, a maioria das UVIS não recebeu nenhum carro, com exceção de algumas poucas unidades. Numa nova cobrança que fizemos à gestão, disseram que em 15 dias todas as UVIS receberiam os veículos para realizar o monitoramento na cidade. Agora a previsão é nessa terça-feira, 29/11”, reforça a dirigente.
Outro problema denunciado pelos agentes de endemias é a regulação do uso de máscara de proteção contra o coronavírus. Nas ações de prevenção ao coronavírus, que também voltou a apresentar aumento de casos na cidade, o que demandou a volta da obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público, os agentes de endemias têm ido aos terminais de ônibus para entregar máscaras à população, mas para eles trabalharem não há o equipamento de proteção individual.
“Nas unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) chegaram caixas de máscaras para serem distribuídas, mas não para que os agentes de endemias se protejam. É um absurdo! O prefeito Ricardo Nunes não protege servidor público”.
Em junho, um email do DVZ [Centro de Controle de Zoonoses] comunicou que as máscaras respiratórias não seriam mais distribuídas. “Tecnicamente não há nenhum impedimento dos agentes de combate a endemias continuarem trabalhando normalmente assim como todo e qualquer servidor”, destaca o documento oficial.
O Sindsep lembra que as UVIS são unidades da Secretaria Municipal de Saúde e que em nenhum momento foi desobrigado o uso de máscara nos serviços de saúde do município. Portanto, cobra da Prefeitura de São Paulo a distribuição de máscaras de proteção a todo o conjunto de servidores/as que faz o atendimento público e enfrentamento da Covid.
A direção do Sindsep também segue acompanhando a chegada dos veículos às unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), para que sejam efetivas e não midiáticas as ações de prevenção à Dengue, Zika e Chikungunya.