O Sindsep participou na manhã desta quarta (27), de um protesto silencioso de profissionais de saúde do Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, contra a seletividade da vacinação contra a Covid-19. Com cartazes nas mãos, exigindo vacina para todos já, profissionais da enfermagem e médicos fizeram o “Grito dos Hospitais”. 

 

 

 

 

“São 1300 funcionários na unidade que não têm esclarecimentos sobre cronograma, prioridade e quantidade de doses disponíveis. A vacina está sinalizada apenas para profissionais de UTI, Pronto-Socorro e ala pediátrica. Temos recebido denúncias de profissionais daqui, do Hospital Municipal Carmino Caricchio (Tatuapé), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, Hospital Municipal Tide Setúbal, Waldomiro de Paula e outros de que trabalhadores que não estão na linha de frente do atendimento às vítimas da Covid-19, estão recebendo vacina. Isso contraria o estabelecido pelo instrutivo da Covisa, para priorização da primeira remessa de doses da vacina no Município de São Paulo”, informou Luba Melo, secretária de Atenção a Mulher Trabalhadora do Sindsep.

 

Eles percorreram o térreo, denunciando de forma silenciosa a falta de cronograma para vacinação de todos que estão na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19, no Hospital do Jabaquara, onde no ano passado já morreram trabalhadores.

 

 

Um ofício também foi encaminhado pelo Sindsep à direção do hospital cobrando os esclarecimentos sobre os critérios para priorização dos vacinados e de quando ocorrerá a vacinação aos demais servidores do HM Arthur Ribeiro Saboya.

 

"Vivemos um dos momentos mais críticos de nossa história, em que a pandemia do novo coronavírus afeta diretamente o planeta e agora com novas variantes desse vírus. Nada mais justo que os profissionais da Saúde, que estão na linha de frente do cuidado das vítimas, tenham garantida a vacinação. É dever do Poder Público garantir a imunização de forma eficaz e segura, dando prioridade aos profissionais da saúde e de toda a população. Mas, para isso, é preciso transparência no processo e, sobretudo, respeito aos profissionais, que desde fevereiro de 2020 dedicam suas vidas a salvar a população das consequências desse vírus altamente letal. Hoje, em manifestação silenciosa, os trabalhadores do Hospital Saboya deram o recado: Vacina para linha de frente e respeito aos profissionais", afirmou Luba Melo.

 

Durante a manifestação, a diretora do hospital foi ao encontro dos trabalhadores e da dirigente e disse que irá receber o sindicato, na próxima sexta-feira (29), às 14h.